CRM

104 937

Localização

Avenida Ana Costa, 228 - Cnj. 75

Santos - SP

Telefone para contato

(13) 3222-2866

Trombose Venosa Profunda

trombose_img01

O que são?

Presença de um coágulo dentro de uma veia.

A formação deste coágulo dentro da veia ocorre por alguns fatores como:

  • Lesão endotelial (da parede interna da veia),
  • Dificuldade do sangue circular (estase) e,
  • Aumento da viscosidade sanguínea (sangue mais grosso).

Quem tem?

  • Idade: os indivíduos acima de 40 anos apresentam um aumento significativo de trombose venosa profunda em relação aos mais jovens, havendo um risco ainda maior à partir dos 60 anos.
  • Imobilidade ou mobilidade reduzida: quando a capacidade de se mobilizar está reduzida (dificuldade de andar devido a acidente vascular cerebral) ou totalmente incapaz ( paciente acamado) seja em situação clínica ou cirúrgica, este risco aumenta muito quanto maior for o tempo desta condição.
  • História prévia de trombose venosa profunda: pacientes que apresentaram trombose venosa sem causa aparente (idiopática) e aqueles que tem fatores de risco permanente ( câncer e síndrome do anticorpo antifosfolípide) tem uma maior chance de ter novos episódios do que aqueles que apresentaram trombose com fatores transitórios (imobilização e cirurgias não relacionadas com câncer).
  • História familiar de trombose venosa: o histórico familiar positivo para trombose venosa profunda por si só é um fator de risco para seu desenvolvimento
  • Presença de varizes de membros inferiores: este fator isoladamente é considerado de baixo risco para desenvolvimento de trombose venosa.
  • Obesidade: estudos recentes evidenciaram um risco aumentado do desenvolvimento de trombose venosa profunda em paciente com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 Kg/m2, circunferência abdominal maior que 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres, sempre quando associado a um outro fator de risco.
  • Viagens prolongadas: fatores de risco associados e tempo da viagem. Há autores que relacionam o aumento da incidência em viagens acima de 5, 10 e 12 horas. Entretanto, a maioria dos pacientes com o diagnóstico de trombose, apresentaram algum outro fator de risco para o seu desenvolvimento como uso de hormônios (anticoncepcionais ou reposição hormonal), câncer, imobilidade, cirurgia recente, entre outros.
  • Condições congênitas e adquiridas que facilitam a formação de coágulos (trombofilias): deficiência da antitrombina, deficiência da proteína C e S, Fator V Leiden, mutação do gene da protrombina (G20210A), elevações dos níveis plasmáticos de fibrinogênio, fator VIII, fator IX, fator XI, hiper-homocisteinemia, síndrome do anticorpo antifosfolípide ou lúpus.

Sintomas

Em aproximadamente metade dos casos, a trombose não manifesta sintomas no paciente. No entanto, pode acontecer da pessoa despertar alguns sinais da doença. Confira os principais deles:

  • Dor nas pernas, principalmente nas panturrilhas, podendo chegar até o pé e o tornozelo
  •  Sensação de queimação na região afetada
  •  Mudanças na cor da pele da região afetada pela doença, que começa a ficar vermelha ou azul
  • Edema (inchaço) na perna afetada

Diagnóstico e Complicações?

O médico pode diagnosticar uma tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada (sob a pele). No entanto, a TVP pode se apresentar com sintomas não tão exuberantes, dificultando seu diagnóstico.

Para ter segurança, o médico pode solicitar exames especiais como o Eco color doppler ou a flebografia. Há quem solicite um exame de sangue para dosagem de uma substância, chamada dímero D, que se apresenta em níveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o teste do dímero D seja muito sensível, não é muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado em outras situações.

A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as chances de complicar. No entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.

  • Complicações imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.

  • Complicações tardias – tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.

Tratamentos

Tem como objetivo é evitar a embolia pulmonar, extensão da trombose e, secundariamente, a recorrência da trombose e suas sequelas nas pernas (mesmo que a trombose fique quieta no lugar, pode haver um prejuízo das veias, o que pode favorecer a perna acometida ficar mais inchada, escura e, com o passar dos anos, surgimento de feridas na denominada síndrome pós-trombótica).

Anticoagulaçao oral-Antagonistas da Vitamina K: Os cumarinicos utilizados para anticoagulação oral, necesitam de exames laboratoriais semanais, risco moderado de sangramento e inúmeras interações alimentares e medicamentosas.

 

trombose_img02

NOACs: Novos anticoagulantes orais, tem como vantagem não requererem monitorização laboratorial, podendo asim, serem administrados em doses fixas por via oral, com rápido início de ação, sem grandes interações alimentares ou medicamentosas.

Tratamentos endovasculares- Filtro de veia cava(FVC): Introdução de dispositivo por punção venosa em veia periférica (veia femoral, jugular ou subclávia) até a veia cava inferior servindo como dispositivo mecânico para evitar embolia pulmonar.

Trombólise por cateter- Introdução de cateter em veia periférica, com liberação de medicação trombolítica (que disolve o trombo) em casos de TVP ilíaco-femoral. Está associada com aumento da desobstrução da veia ilíaca, menor destruição valvular e redução da incidência de Síndrome póstrombótica.

Porém, com o risco adicional de sangramento, se comparada com anticoagulação.

Uso de meia elástica para evitar a síndrome pós trombótica.

Prevenção

A principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular, facilitando seu retorno ao coração.

Dentro do possível, atente para estas recomendações:

  • Faça caminhadas regularmente.
  • Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura.
  • Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar.
  • Antes das viagens de longa distância, fale com seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva.
  • Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se necessário, solicite ajuda de alguém.
  • Evite qualquer uma daquelas condições que favorecem a formação do coágulo dentro da veia, descritas anteriormente.
  • Evite fumar e o sedentarismo.
  • Controle seu peso.
  • Se você necessita fazer uso de hormônios ou já foi acometido de trombose ou tem história familiar de tendência à trombose (trombofilia), consulte regularmente seu médico.